câncer de tireoide

Câncer de tireoide: diagnóstico e prognóstico

Um câncer que aparece sem deixar sinais. Assim é o tumor maligno que atinge a tireoide, doença enfrentada por cerca de 150 mil brasileiros.

A maioria dos nódulos que aparecem na glândula tireoidiana são benignos, isto é, não representam riscos. No entanto, em média 10% são cancerosos e requerem tratamento adequado o quanto antes, para evitar manifestação em outros órgãos.

Como é o diagnóstico

O indivíduo pode encontrar um carocinho quando estiver passando cremes ou simplesmente tocando o pescoço, por exemplo, ou o médico pode constatar a ocorrência de anormalidades nos exames de rotina.

Para fechar o diagnóstico, o método mais confiável é a aspiração do nódulo com uma agulha fina, a fim de analisar o material no microscópio. Com esse teste, é possível dizer se há malignidade ou não, além de identificar o tipo de câncer.

Tipos de câncer de tireoide

O mais comum é o papilífero, tipo que acomete 80% das pessoas com  neoplasia maligna tireoidiana. Depois, temos o folicular, constatado em cerca de 10 a 15% dos casos. O tipo medular, por sua vez, é menos comum, ocorrendo em cerca de 5% dos casos. O anaplásico é a forma mais rara e agressiva de câncer de tireoide. Acontece em cerca de 1 a 2% dos casos.

Prognóstico

De modo geral, é ótimo, principalmente nos tipos papilífero e folicular. Se for diagnosticado enquanto o tumor é pequeno (menos de 1 cm) e confinado à tireoide, a taxa de cura total é alta, quase 100%. O fator idade pesa. Quanto mais velho o indivíduo, mais baixos são os índices de sucesso.

A situação muda um pouco nos outros dois tipos. O câncer de tireoide medular, quando não se espalha para além da glândula, possibilita 90% de chance de sobrevivência por 10 anos; chance de 70% quando se espalha para os gânglios linfáticos no pescoço; e chance de 20% quando se espalha para locais distantes, tais como fígado, ossos ou cérebro.

O tipo anaplásico, justamente por ser o mais agressivo, é de comum recidiva após o tratamento. As chances de sobrevivência por mais de seis a doze meses é muito baixa. Raramente se manifesta em pessoas mais jovens.

Tratamento

Cada caso requererá uma abordagem terapêutica específica, que considerará, entre outras coisas, condições clínicas do doente, histórico de saúde, tipo de tumor, estadiamento.

As opções incluem:

  • cirurgia – remove-se parte ou, mais comumente, toda a glândula e os nódulos linfáticos anormais;
  • terapia com iodo radioativo – para subtrair o tecido doente que não foi removido na cirurgia;
  • radiação externa – indicada, por exemplo, quando o indivíduo não pode passar por cirurgia;
  • quimioterapia – para manifestações graves.

Se percebeu qualquer alteração no pescoço, onde fica localizada a glândula da tireoide, consulte um médico para avaliar seu caso, solicitar os exames e, quanto antes, se necessário, começar o tratamento. Câncer de tireoide precisa ser enfrentado.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como  endocrinologista no Rio de Janeiro!

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