A tireoide é uma importante glândula do corpo humano, responsável pela manutenção de vários órgãos por meio da produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). A redução do funcionamento da tireoide leva à diminuição dessas substâncias no organismo e recebe o nome de hipotireoidismo.
Apesar de ser mais frequente entre o público feminino, esse mal pode ocorrer em qualquer indivíduo, independentemente de gênero ou idade. A seguir, entenda quais são os principais sintomas, causas e tratamentos dessa enfermidade.
Sintomas apresentados no hipotireoidismo
Com a queda dos hormônios tiroidianos, há uma desaceleração metabólica no organismo que provoca os seguintes sinais:
- depressão,
- desaceleração dos batimentos cardíacos,
- intestino preso,
- menstruação irregular,
- diminuição da memória,
- cansaço excessivo ou fadiga,
- dores musculares ou cãibras,
- sonolência excessiva,
- pele seca, áspera e amarelada,
- queda de cabelo,
- unhas fracas e quebradiças,
- ganho de peso,
- aumento do colesterol no sangue,
- intolerância ao frio,
- anemia,
- aumento da tireoide pode ser notado algumas vezes.
É possível perceber que esses sintomas não estão apenas relacionados a essa doença. Por isso, é necessário fazer o exame de sangue para identificar a desregulação hormonal. Algumas pessoas podem não apresentar nenhuma anormalidade, mas será necessário tratar esse mal prevenindo-se riscos, principalmente, na gravidez.
Saiba quais as causas da doença
Geralmente, o inchaço da glândula, localizada no pescoço, logo abaixo da laringe (cordas vocais), é causado por uma inflamação denominada tireoidite de hashimoto, que é uma disfunção autoimune. No entanto, também pode ocorrer por uso de certos medicamentos, radiação, cirurgia de tireoide e demais processos inflamatórios.
É necessário observar que há fatores de risco que favorecem o desenvolvimento do hipotireoidismo. Dentre eles, estão idade superior a 60 anos, sexo feminino, histórico familiar, aumento da tireoide, doenças ligadas à imunidade (diabetes tipo 1, lúpus, vitiligo) e tabagismo.
Recém-nascidos também podem apresentar esse problema. O diagnóstico é feito pelo conhecido “teste do pezinho”, um dos primeiros exames laboratoriais que o bebê deve fazer, e, em caso positivo, o tratamento deve ser iniciado imediatamente.
Com o tratamento, é possível manter a saúde em dia
O tratamento é simples, baseado na reposição do hormônio hormonio tireoidiano, especialmente a Levotiroxina (T4) e feito por meio de prescrições médicas. Os endocrinologistas são os especialistas em tratar esse desequilíbrio hormonal.
Quando as orientações do médico não são cumpridas, o paciente pode apresentar agravamento dos sintomas já relacionados, como anemia, coronariopatia e desordens gastrointestinais, neurológicas, endócrinas, metabólicas e renais. Também serão frequentes as disfunções respiratórias, a dislipidemia, o glaucoma, a hipertensão arterial e a insuficiência cardíaca.
Na gestação, há necessidade de uma reposição hormonal ainda maior, com o objetivo de suprir a mãe e o feto. Porém as indicação de tratamento são diferentes da população geral e seguem diretrizes específicas para gestantes. A ausência de tratamento ou a terapêutica inadequada podem ocasionar aborto, parto prematuro, aumento da pressão arterial, hemorragia após o parto, baixo peso fetal e comprometimento neuropsicomotor do futuro recém-nascido.
O uso regular da medicação equilibra os níveis hormonais tireoidianos e permite que pessoas com hipotireoidismo possam levar uma vida saudável.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como endocrinologista no Rio de Janeiro!