hipertireoidismo

Hipertireoidismo: sintomas, causas e tratamento

O hipertireoidismo é uma disfunção na glândula tireoide que impacta a vida de cerca de 150 mil brasileiros ao ano.

Entendendo a tireoide e o hipertireoidismo

A tireoide é uma glândula localizada na região do pescoço com formato semelhante a uma borboleta. Ela produz dois hormônios, a triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4), que são levados através do sangue para todas as partes do corpo. Eles regulam o metabolismo.

Quem controla e induz esse processo é a hipófise, uma glândula cerebral que secreta o hormônio estimulante da tireoide (TSH), diretamente relacionado aos níveis de T3 e de T4.

Hipertireoidismo acontece quando esse quadro foge à normalidade, mais precisamente quando os hormônios tireoidianos são produzidos em excesso.

Sintomas

São bem variados. É comum que o indivíduo sinta fome excessiva, fadiga, intolerância ao calor ou sudorese além do normal. No coração, ocorre palpitação e ritmo desregulado. O sono e o ciclo menstrual também são impactados.

Quanto ao comportamento, costumam acontecer hiperatividade, irritabilidade e mudanças de humor ou nervosismo.

Outros sintomas incluem olhos inchados, diarreia, ejaculação precoce, fraqueza muscular, pele quente, perda de peso, queda de cabelo ou tremor e bócio (abaulamento no pescoço).

Causas

A causa mais comum desse desarranjo metabólico é a Doença de Graves, que ocorre quando o sistema imunológico produz anticorpos que atacam a própria glândula tireoide, provocando seu aumento e a produção excessiva de hormônios.

Fatores genéticos também explicam o aparecimento da doença, além de ingestão demasiada de iodo e a incidência de nódulos no órgão, o que contribui para seu hiperfuncionamento.

Tratamento

A escolha do tratamento dependerá das características do caso e das condições clínicas do indivíduo. O médico pode prescrever medicamentos, uso de iodo radioativo ou indicar, em última hipótese, a remoção da tireoide através de cirurgia, denominada tireoidectomia.

As drogas demoram, em média, três semanas para surtir efeito. Elas impedem a síntese de novos hormônios, mas não atuam sobre aqueles já produzidos e circulantes.

Cerca de 30% dos doentes conseguem, após dois anos, suspender definitivamente o medicamento, sem apresentar retorno do hipertireoidismo.

A cirurgia é a última opção, em razão dos riscos de complicações. Ela, assim como o iodo radioativo, resolve o hipertireoidismo, mas, ao destruir a tireoide, ocasiona hipotireoidismo. Por isso, a reposição hormonal é indicada.

Cuide-se

Se a tireoide trabalha em ritmo acelerado, o corpo todo padece. Ao perceber qualquer alteração, por menor que seja, busque auxílio de um endocrinologista, para fazer os exames diagnósticos, que são bem simples e rápidos, e enfrentar as anormalidades o quanto antes.

Hipertireoidismo é um problema sério e deve ser combatido como tal. Se não tratado, pode levar a outros problemas de saúde.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como  endocrinologista no Rio de Janeiro!

O que deseja encontrar?

Compartilhe